Para retirar o pau-brasil das nossas matas, primeiro deveria ter uma autorização da Coroa Portuguesa e fazer também o acerto das taxas que a Coroa decidia. O primeiro a desfrutar dessa concessão, foi Fernando de Noronha, em 1501. Ele tinha como sócios vários comerciantes judeus, porém, em troca desta permissão, tinham por obrigação enviar embarcações à nova terra, encontrar pelo menos trezentas léguas de costa, pagar uma quantia pré -estipulada à Coroa e também edificar e conservar as fortificações, mantendo assim a segurança do novo território tão desejado pelos invasores.
Era proibido aos colonos explorar ou queimar a madeira corante. Por causa do Tratado de Tordesilhas, os espanhóis saíram do litoral brasileiro, mas os piratas franceses não, eles passaram a extrair a madeira ilicitamente, lançando fogo na parte inferior do tronco, causando muitos incêndios, o que veio a provocar sérios prejuízos à mata. O fim do ciclo econômico do Pau-Brasil ocorreu no século 19, pela enorme carência da espécie nas matas e pela descoberta de um corante não natural que substituía o pau-brasil.
Em 1530, em alguns locais litorâneos, o pau-brasil já é insuficiente, apesar do Brasil ter mantido a exportação da madeira até o início do século XIX. A exploração era feita de qualquer jeito, destruindo boa parte de nossas florestas. Do início de seu tráfico restou somente 3% de Floresta Atlântica e, por conseqüência, convivemos até hoje com o desmatamento indiscriminado que coloca em perigo nossos animais, plantas, ou seja, toda a vida existente em nosso país.

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