segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

 A escravidão começou por causa do plantio de cana-de-açúcar e também para substituir o trabalho dos indígenas que morreram nas guerras. Alguns escravos africanos valiam o dobro por estarem mais saudáveis do que outros que estavam mais fracos ou velhos.
 Os escravos viam da Africa para o Brasil nos porões dos navios negreiros. Muitos escravos morriam muito antes de chegarem ao Brasil e os corpos eram jogados ao mar.
 Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro os escravos eram tratados muito mal. Trabalhavam num sol forte e recebiam apenas trapo de roupas e uma alimentação péssima. Eles passavam as noites nas senzalas que eram lugares muito escuros, úmidos e com pouca higiene, e ainda ficavam acorrentados para que não houvesse fugas. Eles eram castigados fisicamente e o açoite era a punição mais comum no Brasil colônia.
 Era proibição a realização da religião africana ou festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica dada pelos senhores de engenho e apreender a língua portuguesa na comunicação.Escondidos ainda realizavam seus rituais, festas, mantiveram suas representações artísticas e desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
 As mulheres negras trabalharam principalmente em trabalhos domésticos: cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite.
 No Século (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade depois de adquirirem a carta de alforria. Juntando dinheiro durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, eram poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas.
 O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os quilombos que eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos.
 A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen, que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.
 O Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Alguns anos depois foi aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. Mais alguns anos depois foi promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
 A partir do final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.   






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