segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Resistência à escravidão-O caso do quilombo de Palmares

 No início Palmares foi habitado por poucos quilombolas. A guerra do açúcar contra os holandeses cega os colonos. A vigilância diminui. Centenas de escravos fogem do tronco, da chibata e das senzalas. Vão a um local com diversas palmeiras: Palmares.
Há dezenas de mocambos, todos tem o seu chefe. Centenas de homens, mulheres e crianças emprestando seu suor a vida, num ziguezague ritmado e alegre, apenas tendo um só objetivo: poder viver em liberdade.
 Palmares ficava numa zona um tanto afastada do litoral, onde tinha terra fértil e onde predominavam palmeiras e em volta havia uma cerca de pau-a-pique. Os negros dependiam das culturas do milho, mandioca, feijão e bananeiras. Com apenas três entradas, cada uma guarnecida por 200 guerreiros. Nestes quilombos haviam armas e munições com as quais foi organizada a república dos Palmares, abrigando, por quase um século, o anseio de liberdade dos negros, pelo o comando do rei Ganga-Zumba, o deus da guerra. Com sua morte, quem o seu substituiu-o foi Zumbi, rei dos Palmares.
 Símbolo de luta e resistência à escravidão, Zumbi foi um herói negro. Nasceu no Quilombo, em 1655. Ainda jovem, foi capturado por soldados e doado ao Pe. Antônio Melo, que lhe deu  o nome de Francisco e o ensinou o português e o latim. Em 1670, escapou da paróquia e voltou ao Quilombo, onde virou o líder, organizando a resistência aos ataques militares.
 Possuidor de grande poder espiritual, resistiu a várias expedições militares. Zumbi queria liberdade para todos. Em palmares a muitos o apoiavam. O rei de Portugal curvou-se ao rei de Palmares. Escreve a ele uma carta elogiando Zumbi e a ele propondo um acordo. Só uma idéia anima o líder negro: lutar até o fim.
 Domingos Jorge Velho, era um bandeirante que foi conhecido por suas crueldades, e por isso recebeu o apelidado de “Diabo Velho”, tinha outra idéia: queria reduzir a cinzas os mocambos de Palmares. Em troca desejava um quinto do valor dos negros aprisionados, terras e o perdão por seus crimes.
 A recompensa em dinheiro e bens inflamava os mercenários. A liberdade animava os palmarianos.
Depois de inúmeros ataques, o “Diabo Velho” com seus nove mil homens bombardearam a cerca do mocambo defendido por zumbi. Usando poderosos canhões.
 Zumbi morreu em 20 de novembro, nessa data se comemora hoje o "Dia Nacional da Consciência Negra". 





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